A EXORCISTA

Foi tudo engano, depois de todo esse tempo, ela acordou com os mesmos sintomas e ao preparar para se levantar o marido da exorcista imobilizou-a imediatamente enquanto sua mulher pulou em cima da barriga da menina e com a mão direita cruzou um direto no maxilar esquerdo dela e com a esquerda outro direto no maxilar direito levando-a a nocaute no mesmo instante. A mãe de Júlia perguntou:

— Por um acaso a senhora matou minha filha?

— Calma, minha amiga, isso faz parte do ritual.

Já eram quase 05 horas da manhã. A menina estava desmaiada há mais de uma hora, depois que tomou os diretos no queixo. A mãe dela já estava ficando preocupada, mas de repente ela começou a acordar, foi tomando conta do ambiente reconhecendo a mãe e a avó. Levantou e sentou-se à beira da cama, olhou para o homem e a mulher que ainda estavam lá e perguntou:

— Quem são vocês? O que fazem aqui tão cedo?

— Nós somos vizinhos novos, vamos viajar e acordamos cedo demais, aproveitamos e ficamos conversando com sua mãe e sua avó. Mentiu a vizinha que fez todo o ritual.

A menina realmente parecia outra, o semblante voltou a ter a cor natural, os olhos estavam bonitos, enfim, era ela outra vez com toda sua beleza e pela sua conversa não sabia de nada que tinha acontecido, apenas pegava de um lado e do outro do maxilar, até que perguntou sua mãe:

— Mãe porque será que o meu queixo está todo dolorido?

FIM